quarta-feira, 20 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cartas Sobre Os Cegos e Sobre Os Surdos-Mudos

Diderot ressaltou em duas de suas obras os cinco sentidos do homem e a sujeição por eles. Estas obras foram censuradas na época e levaram-no à prisão. O livro "Carta Sobre Os Cegos Para Uso Daqueles Que Veem" foi publicado imediatamente antes da publicação da Enciclopédia. Posteriormente, foi dada a publicação de seu complemento, "Carta Sobre Os Surdos-Mudos".

Sinopse: Nesta obra Diderot interroga um cego de nascença sobre a ideia que lhe desperta a noção de simetria ou da beleza, procurando certificar-se de que a “beleza” para um cego não é senão uma palavra quando separada da utilidade. Todas as respostas do cego se mostram relativas nos únicos sentidos de que ele dispõe. As principais noções de metafísica e moral são igualmente concebidas por ele depois da sua experiência sensitiva. Assim, não há bem nem mal, mas pessoas que guiam os cegos e lhes abrem horizontes. Este diálogo entre um cego e um ser que vê, patente na primeira parte desta Carta Sobre os Cegos, tem pois por objectivo levar o leitor a inclinar-se para o relativismo. A segunda parte do texto é ainda mais subversiva por Diderot sustentar aí a hipótese de uma grande desordem universal: o que é aqui normalidade não será noutro lado uma excepção? Radicalmente materialista, Diderot vira-se assim para o ateísmo e arrasta-nos com ele até à vertigem no turbilhão da sua reflexão que, publicada sob forma de livro em Junho de 1749, vem a ser censurada e a merecer-lhe a prisão.


Sinopse: De autoria de Denis Diderot, um dos maiores nomes da literatura francesa clássica, este estudo parte da linguagem dos sinais para - através da poesia, da pintura e da música - , compreender como os dados recebidos pelos sentidos e o intelecto são processados e transformados em idéias.

O Iluminismo e os Enciclopedistas



Os enciclopedistas foram filósofos e outros contribuintes para a criação da Encyclopédie que se tratava de assuntos explicando os novos conceitos físicos e cosmológicos, e proclamando a nova filosofia do humanismo.
Apesar do vídeo não citar o nome de Diderot, ele foi um dos principais integrantes do grupo, foi ele quem editou a enciclopédia juntamente com d'Alembert.

Catarina II

Mais conhecida como Catarina, a grande, nasceu em 1729, foi imperatriz de todas as Rússias. Seu reinado revitalizou o país, tornando-o uma das maiores potências da Europa na época.
Foi escritora de comédias, ficções, óperas e suas memórias, enquanto mantinha contato com Diderot, d'Alembert e Voltaire, os escritores da primeira Enciclopédia.
Sua relação com Diderot era de grande admiração por ele e suas obras. No fim de sua vida, Diderot sobreviveu apenas com as contribuições de Catarina, que lhe pagava uma pensão de mil libras por ano pelo período de 50 anos. A imperatriz o convida para residir na Rússia, o que ele ascede, por fim, por todas as metas de sua vida terem sido alcançadas.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Iluminismo Francês

O iluminismo é uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.
Voltaire levou o iluminismo da Inglaterra para a França. O traço específico do iluminismo francês é o culto da razão, a
deusa razão da revolução francesa. A razão deve dominar acima de tudo e acima de todos, déspota absoluta. Daí a guerra a qualquer atividade e instituição que não sejam puramente racionais, à fantasia, ao sentimento, à paixão; às desigualdades sociais, porque a razão é universal; ao estado, quando conculca os direitos naturais do indivíduo; às divisões nacionais e à guerra; à história e à tradição em geral, em que a razão certamente não domina. No campo social, econômico, político, religioso, tudo isto levará à demolição, à destruição da ordem constituída. É o que fez desabusadamente e desapiedadamente a revolução francesa. Se o iluminismo demole toda a história, julga, todavia, realizado o seu ideal racional no começo da humanidade, no homem primitivo para o qual se deverá, ou mais ou menos, voltar. E se ele demole toda religião positiva, inclusive o cristianismo, e, em definitivo, também a religião natural de um Deus transcendente, substitui, todavia, a esta religião a religião humanista e imanentista da razão, cujo reino, porém, se encontra neste mundo e na vida terrena.
A contribuição de Diderot para o Iluminismo Francês foi a Enciclopédia: "Enciclopédie ou dictionaire des sciences, des arts et des métiers" , que é definitivamente obra mais significativa do iluminismo. O movimento dos enciclopedistas foi um poderoso meio para a difusão e vulgarização das idéias iluministas, na França e no exterior.

"Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers"

A Enciclopédia editada por Diderot teve como título "Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers" (Dicionário da ciências, artes e ofícios). Alguns de seus artigos prenunciava as teorias evolutivas de Charles Darwin. Essa publicação influenciou no mundo intelectual e inspirou líderes da Revolução Francesa.
Alguns de seus colaboradores mais importantes foram: Montesquieu e François-Marie Arouet Voltaire (literatura), Étienne Condillac e o Marquês de Condorcet (filosofia), Jean-Jacques Rousseau (música), Georges Louis Leclerc, conde de Buffon (ciências naturais), François Quesnay e Anne-Robert-Jacques Turgot, barão de l'Aulne (economia), Holbach (química), Diderot (história da filosofia) e D’Alembert (matemática).
Um decreto de 1752 proibiu os primeiros volumes e em 1759 foi incluída no Índex, mas continuou a circular.

A vida de Denis Diderot

Denis Diderot nasceu em 1713 na região de Champagne, na França.
Logo quando jovem, Diderot se dedicou à carreira eclesiástica e recebeu a tonsura em 1726.
Se formou e se especializou em diversas áreas como artes, leis, literatura, matemática e ainda despertou grande interesse em línguas.
Seu interesse o rendeu cargo de tradutor de uma enciclopédia inglesa (Cyclopaedia).
Com a parceria do matemático e filósofo Jean le Rond d’Alembert, fez a junção de diversas ideias científicas e filosóficas que eram "opostas" às ideias do clero, como a separação da Igreja do Estado, o combate às superstições e oposição às instituições religiosas. O conteúdo considerado iluminista que foi publicado em 33 volumes de texto teve seu conteúdo censurado e sofreu condenação papal.
Diderot também produziu comédias, novelas, peças teatrais e principalmente romances, área em que se destacou.
Viveu o fim de sua vida(1784) em Paris na miséria e com o apoio financeiro de sua admiradora Imperatriz Catarina, da Rússia.