terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cartas Sobre Os Cegos e Sobre Os Surdos-Mudos

Diderot ressaltou em duas de suas obras os cinco sentidos do homem e a sujeição por eles. Estas obras foram censuradas na época e levaram-no à prisão. O livro "Carta Sobre Os Cegos Para Uso Daqueles Que Veem" foi publicado imediatamente antes da publicação da Enciclopédia. Posteriormente, foi dada a publicação de seu complemento, "Carta Sobre Os Surdos-Mudos".

Sinopse: Nesta obra Diderot interroga um cego de nascença sobre a ideia que lhe desperta a noção de simetria ou da beleza, procurando certificar-se de que a “beleza” para um cego não é senão uma palavra quando separada da utilidade. Todas as respostas do cego se mostram relativas nos únicos sentidos de que ele dispõe. As principais noções de metafísica e moral são igualmente concebidas por ele depois da sua experiência sensitiva. Assim, não há bem nem mal, mas pessoas que guiam os cegos e lhes abrem horizontes. Este diálogo entre um cego e um ser que vê, patente na primeira parte desta Carta Sobre os Cegos, tem pois por objectivo levar o leitor a inclinar-se para o relativismo. A segunda parte do texto é ainda mais subversiva por Diderot sustentar aí a hipótese de uma grande desordem universal: o que é aqui normalidade não será noutro lado uma excepção? Radicalmente materialista, Diderot vira-se assim para o ateísmo e arrasta-nos com ele até à vertigem no turbilhão da sua reflexão que, publicada sob forma de livro em Junho de 1749, vem a ser censurada e a merecer-lhe a prisão.


Sinopse: De autoria de Denis Diderot, um dos maiores nomes da literatura francesa clássica, este estudo parte da linguagem dos sinais para - através da poesia, da pintura e da música - , compreender como os dados recebidos pelos sentidos e o intelecto são processados e transformados em idéias.

Um comentário:

  1. Estou relendo este instigante livro que fala a respeito da maneira especial das pessoas Surdas fazerem sua leitura de mundo através de sua experiência visual. Recomendo para quem se interessa pelo mundo do silêncio. Simplesmente maravilhoso!

    ResponderExcluir